KPIs - Indicadores de Performance e Gerenciamento

Indicadores de performance, de gestão, de desempenho. São várias as denominações para os índices que permitem o monitoramento da atuação ou comparabilidade de uma empresa, negócio, segmento, operação, setor, departamento, desempenho de colaboradores.

Comumente reconhecido pelo mercado como KPI (Key Performance Indicator / Indicador-Chave de Desempenho), são técnicas utilizadas pelos gestores das empresas que consistem em medidas quantificáveis para compreender se os objetivos do negócio estão sendo atingidos ou se são necessárias atitudes diferentes para melhorar os resultados atuais.

Para os colaboradores, um indicador de desempenho, por exemplo, funciona como a forma de comunicação que permite a compreensão e entendimento de como seus trabalhos tem relevância para o resultado das organizações, facilitam a transmissão da visão e missão da empresa aos funcionários, sobretudo àqueles que não ocupam cargos elevados.

Assim sendo, os funcionários de gestão e execução, de todos os escalões hierárquicos, são envolvidos na missão de alcançar os objetivos determinados pela empresa, seja em lucratividade, eficiência, reposicionamento, ou demais diretrizes definidas como metas a serem atingidas.

Constatação x Comparabilidade x Evolução x Objetivos

Em suma, KPIs são técnicas de gestão oriundas de analises de dados e apontamentos, que identificam a performance ou desempenho (constatação), que confrontam a situação atual a players de mercado (comparabilidade), que analisam e comparam seus indicadores periódicos visando a melhoria da performance (evolução) e com metas estabelecidas (objetivos).

Alinhado às diretrizes da empresa, normalmente é papel da Controladoria estabelecer os KPIs de gerenciamento, analisar e administrar os resultados, divulgar e gerir as variações e os planos de adequação junto aos gestores envolvidos. Mas há KPIs administrados e gerenciados por outros setores, estrategicamente.

Portanto, existem diferentes categorias de KPIs, que podem ser indicadores financeiros, de resultados, quantitativos, qualitativos, principais, de atraso, de entrada, de processo, práticos, direcionais, acionáveis.

Alguns exemplos gerais de KPIs

Time to Market: corresponde ao ciclo de tempo de lançamento de um produto desde sua idealização até a disponibilidade para venda.

Lead Time: avalia o ciclo de tempo de um determinado processo.

Stock Out: indica quantas vezes ou dias um produto em estoque chega ao saldo zero.

Market Share: demonstra a fração de mercado que um produto atingiu durante um período determinado.

Produtividade homem/hora: demonstra o número de unidades produzidas por cada colaborador de um determinado processo.

Ociosidade: o percentual de tempo que uma equipe, unidade produtiva ou equipamento ficaram sem produzir, ou ociosos.

Giro de Estoque: analisa as saídas de estoque (consumo-vendas) em relação ao saldo médio de estoque em questão.

Existem também vários indicadores-chave de desempenho em empresas e negócios on-line, tais como: bounce rate (taxa de rejeição), tempo de navegação x profundidade da visita, usuários cadastrados, comentários em posts, visualização de vídeos, downloads de conteúdos e aplicações, compartilhamento de conteúdo nas redes sociais.

Sempre importante mencionar que é recomendável avaliar os indicadores em conjunto e considerando o contexto estratégico da empresa.

KPIs amplamente utilizados

Relativo aos indicadores de gestão financeira, independentemente do cenário estratégico atual, os KPIs mais comumente utilizados pelas empresas são:

Margem Bruta: mostra a relação de equilíbrio entre receitas e despesas da empresa.

Ponto de Equilíbrio: informa o valor mínimo de faturamento necessário para saldar os custos operacionais.

Ebitda: demonstra a geração de caixa da empresa, o quanto a empresa gera de recursos apenas com suas atividades, sem efeitos financeiros e de impostos.

Crescimento de Receita: mede a atividade financeira geral da organização, considerando a sua operação principal e eventuais ganhos financeiros.

Geração de Caixa: mede a agilidade do fluxo de caixa da empresa, demonstrando a capacidade em negociar em condições favoráveis com clientes e fornecedores.

Valor Econômico Agregado (EVA): identifica se valeu a pena para os acionistas manter o dinheiro na organização.

Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido: indica o retorno financeiro sobre o capital próprio.

Liquidez Corrente: indica a capacidade da organização em saldar com seus compromissos imediatos.

Endividamento: demonstra a proporcionalidade de deveres e obrigações da empresa em relação a seus ativos.

Recebimentos: indica se os recebimentos estão próximos aos valores faturados demonstrando se e o quanto a inadimplência está afetando a empresa.

Produtividade por colaborador: demonstra se a estrutura está adequada ao nível de faturamento da organização.

Repetindo, sempre é recomendável avaliar os indicadores em conjunto e considerando o contexto atual e futuro, alinhado aos objetivos estratégicos da empresa.

Alex Baumgartner – Controller e Coach