Administração Financeira Assertiva
- Alex Baumgartner
- 7 de mai. de 2019
- 2 min de leitura

De forma simples, Administração Financeira Assertiva (ou Estratégica) é a gestão dos recursos financeiros que transitam pela organização a curto e longo prazo, cujo principal objetivo é maximizar o valor da empresa para seus acionistas, além de garantir seus compromissos de subsistência e continuidade.
Grande parte dos Administradores diria que o objetivo primordial seria a maior lucratividade ou otimizar os lucros e, para isto, seria necessário maximizar as receitas e minimizar os custos e despesas.
E isso é uma verdade.
No entanto, se esta visão for levada ao extremo, poderia levar uma empresa a grandes prejuízos e até a sua derrocada.
Por exemplo, se uma determinada empresa optar por deixar de realizar manutenções preventivas em máquinas, equipamentos, estrutura geral, certamente reduzirá custos imediatamente e gerando o aumento do lucro.
Porém, a vida útil destes bens será reduzida, o ROI diminuirá e, consequentemente, ocasionando possíveis prejuízos (perda de desempenho produtivo, paradas por manutenção corretiva, mão de obra ociosa, gastos indiretos), levando a necessidade de reinvestimentos em médio e longo prazo.
Outros exemplos podem ser mencionados, como estoques de segurança abaixo do mínimo necessário que podem impactar a produção, desconhecimento do custo por produtos e sua lucratividade, falta de políticas comerciais de atendimento a clientes verificando os benefícios concedidos e de renovação de carteira comercial para diminuir a dependência, refinanciamentos tributários constantes utilizando os impostos não recolhidos como fluxo de caixa.
Eximo-me de mencionar as situações abaixo da linha da licitude fiscal...
Por este motivo, o lucro não é uma medida de desempenho financeiro totalmente adequado e exclusivo para as organizações, principalmente para fins gerenciais.
Desta forma, a melhor medida de desempenho financeiro é o valor da empresa, o seu valor de mercado, que é determinado pelo seu fluxo de caixa descontado trazido a valor presente por uma taxa de desconto que represente o risco dos negócios da empresa, o valuation. Se empresa de capital aberto, é o valor de suas ações. Se empresa de capital fechado, custo de oportunidade e FCD.
No mês a mês o EBITDA e a margem de contribuição por produto são ótimos sinalizadores.
Uma vez que o valor da empresa é determinado pelas expectativas de seu fluxo de caixa futuros, medidas benéficas para a organização a longo prazo aumentarão o valor da empresa e medidas de curto prazo, com prejuízos no futuro, irão diminuir o valor de suas ações.
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